O berço da raça angus é a Escócia e seu nome foi tomado dos condados onde começou seu desenvolvimento: Aberdeen e Angus. A história registra a existência dos “vacuns mochos pretos”, no condado de Angus, antes do século XVI e sua origem é tão remota que é impossível precisar como e quando apareceram. O primeiro reprodutor aberdeen angus a entrar no Brasil foi o touro Menelik, em 1906, da criação de Felix Buxareo y Oribe, do Uruguai. O touro foi importado pelo pecuarista Leonardo Collares Sobrinho, de Bagé, município situado na Fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai.
O ganho de peso de terneiros, do nascimento ao desmame, é altamente dependente das condições alimentícias. No cruzamento de aberdeen angus com diversas raças, constatou-se aumento de 5 a 15% de heterose para peso ao desmame, o que destaca a maior habilidade materna da vaca cruza. A produção de novilhos é largamente afetada pelo cruzamento e apresenta variações positivas de 4 a 15% no ganho de peso diário, de 0,5 a 3% no rendimento de carcaça fria, de 0,5 a 2% para os dados de tipificação de carcaça.
Um programa visando o melhoramento genético de bovinos de corte é realizado anualmente pela Associação Brasileira de Criadores de Aberdeen Angus, em conjunto com outras entidades. Este programa utiliza o Teste de Avaliação a Campo de terneiros angus. Os animais iniciam o teste com idade média de sete meses, mantidos em campos nativos e em pastagens cultivadas. Quando da conclusão do programa, são pesados e avaliados em suas performances. Para serem aprovados, além do ganho de peso, os animais devem superar parâmetros de características raciais, tamanho corporal, conformação muscular, aprumos, reação ao ambiente e potencial de cobertura.